(Iracema Santos, no espetáculo “Histórias para acordar o mundo” – Foto tirada por Gabriel Dias)

 

Sou amante das palavras, bibliotecária, contadora de histórias, apaixonada por livros, narrativas e gente! Acredito no poder das palavras e das histórias que com encantamento enchem o mundo de afeto. Conheci a Companhia do Teatro Griô numa Oficina de Narradores de História em (2018); foi amor à primeira vista, eu que buscava técnicas para aprender a contar histórias, aprendi sobre vivenciar, sobre a arte do encontro e sobre experimentar, sobre estar presente no aqui e agora. No ano seguinte (2019), tive a oportunidade de participar da Residência Artística com os mestres Rafael e Tânia, e o amor por essa família cresceu mais ainda. Em (2020) fui integrada ao grupo de narradores. Me tornar griô, foi um divisor de água na minha vida, encontrar e viver no mundo das histórias fez tudo ter mais sentido. Aprendendo um pouco a cada dia, mergulhando cada vez mais profundo, me considero uma eterna aprendiz da arte de contar história.

 

(Gabriela Sampaio no espetáculo “Histórias de Causar Espanto”)

 

Contadora de histórias, formada em medicina com especialização em alergia e pediatria.
Conheci o teatro Griô no espetáculo “Um Passarinho me Contou” e foi amor à primeira vista.
Sempre fui apaixonada por histórias contadas, cantadas ou escritas. Histórias de perto e de
muito longe, histórias para rir, chorar, ter medo e pensar.
Essa paixão foi cultivada desde muito cedo, por um pai amoroso que inventava histórias todas
as noites para inspirar os sonhos da sua pequena garotinha. Cresci, aprendi a ler e mergulhei
em outras tantas histórias inventadas ou recolhidas por muitos autores.
Em 2014 tive a oportunidade de fazer o curso para narradores do grupo e me dei conta que
era chegada a hora de semear o amor pelas histórias que tinha raízes profundas na minha
alma. Fiz a residência artística na Companhia de Teatro Griô e desde 2016 integro o grupo, que
é fonte de alegria, aprendizado e oportunidade de dividir com outros a beleza que há nesse
mundo.

 

(Clara Morais no espetáculo “Minha Aldeia”)

Considero que o Teatro Griô sempre fez parte de minha vida, desde quando ainda recém-nascida fiz uma participação especial em “Casamento na Roça”, um dos primeiros espetáculos de teatro de rua do grupo.
O Griô é como se fosse uma segunda família, que está dentro de minha própria família: meus pais são os criadores do grupo e desde criança ia aos cursos e oficinas que podia acompanhando meus pais. Eu, bem tímida, comecei só assistindo as aulas de longe. Mas depois, eu  fiquei tão encantada que resolvi  participar… e eu amei!!Era a única criança em meio a vários adultos, mas eu gostei tanto que não parei mais e toda vez que tinha um curso ou oficina eu sempre queria participar. Depois, a minha mãe começou a dar aulas para crianças no Griô e ganhei mais esse espaço dentro do grupo, para criar, me expressar e entrar em contato com o encantamento e a potência do teatro e da contação de histórias.
Aos sete anos de idade comecei a me apresentar e iniciei essa linda caminhada de muitos processos criativos, espetáculos, temporadas, oficinas e eventos. Hoje com 20 anos, olho pra trás e sou imensamente grata por cada ensaio, cada apresentação, cada troca repleta de riqueza, simplicidade e sabedoria. Fazer parte do grupo e ser artista nessa família transformou a minha vida por completo e é o melhor presente que poderia ter recebido!  Vida longa ao Teatro Griô! 
 

 

(Valéria Ettinger no espetáculo “Os Sábios de Chelm”)

Nascida em uma família de artistas, neta do poeta e contador de histórias Eduardo Tavares, criada no meio dos bichos que falavam, dos homens simples das roças de cacau do Sul da Bahia. Uma menina inventiva, alegre, sorridente e sensível, muito curiosa queria saber das coisas, até que adultizou e se perdeu por um tempo no mundo da realidade, fez Direito pela Universidade Católica de Salvador (UCSAL), tornou-se Mestre em Desenvolvimento e Gestão Social, já foi professora universitária, escreve artigos quando os fatos a incomodam e está Servidora Pública do Estado da Bahia. Até que por uma razão buscou acessar o mundo da imaginação, da magia e daquela infância perdida nas histórias contadas por seu avô. A menina agora uma mulher, conheceu a Companhia de Teatro Griô e foi em busca da forma e lá encontrou um lugar profundo de reconexão com suas raízes, com a tradição oral, com uma multiplicidade de saberes artísticos, que são infinitos, e por serem assim, fez ela entender que a forma não é o principal caminho para encontrar a verdade das histórias, pois é preciso um constante esvaziar para se conectar e não engessar. Desde 2017 vem seguindo nessa caravana e com eles quer transmitir alegria, tocar almas, acelerar corações, reavivar memórias e ser uma constante aprendiz de uma arte com propósito e não apenas um caminho de entretenimento, seguindo de mãos dadas com as mil e uma histórias que, ainda, pretende contar.

 

(Emília Gonçalves no espetáculo “Histórias para acordar o mundo” – Foto tirada por Gabriel Dias)

Sou movida a histórias. Desde sempre estou envolvida em apreciar a arte em suas diversas manifestações. Experimentei a música, dança espontânea, consciência corporal, canto coral, docência,  gestão organizacional e de pessoas. Encontrei  na Cia de Teatro Griô um espaço acolhedor para desenvolver habilidades e competências, de forma criativa, simples, integrada e  singular na arte de contar histórias.  Encantada com a forma especial como a Cia Teatro Griô leva o resultado do seu processo criativo ao público  me  motivei a fazer  o curso a Arte de Narrar Histórias em 2018  e a Residência Artística em 2019.  Participei como contadora na primeira versão de Histórias para Acordar o Mundo e desde então as histórias lidas,  vividas e contadas fazem parte do meu cotidiano e alimentam meus sonhos.

 

(Cida Bastos no espetáculo “Histórias para acordar o mundo”)

 

Passei minha infância entre o Rio de Janeiro e a casa de minha avó materna, Dona Pequena, em Salvador. Pequê, como a chamávamos, gostava muito de cantar, dançar e sempre tinha uma história engraçada ou de assombração para contar à criançada. Acho que puxei a ela. Hoje, sou educadora social, mas fui bancária por muitos anos. Ao final do expediente, sempre reunia os colegas para contar os acontecimentos interessantes do dia. Em casa não era diferente, contava para minhas filhas histórias, muitas inventadas e que, a cada dia, tinham um final diferente. Participei de grupos de teatro, cantei um pouco também, mas foi na Cia de Teatro Griô que encontrei o meu lugar. Espaço de magia e encantamento, mas também de muita pesquisa, aprendizado e respeito à tradição oral e a nossa ancestralidade. Aqui, respiramos e fazemos arte.

 

(Zidi Brandão no espetáculo “Os Sábios de Chelm”)

 

Sou Zidi Brandão, nasci na roça numa família simples de lavradores, que teve treze filhos.

Tive uma infância feliz, em contato com a natureza, brincando de tudo que era disponível para uma criança de roça: pescar, tomar banho de rio, subir em árvores e comer os frutos lá de cima, andar de cavalo, brincar de bonecas de pano feitas por eu mesma, ouvir histórias no quintal em noites de lua cheia todos sentados num couro de boi, fazer cozinhados de mentirinha usando folhas.

Iniciei meus estudos numa escola onde estudavam alunos de todos os níveis e idades, com um único professor, lembro-me o nome, Sr. Sisínio. Era no turno vespertino e muito longe da minha casa. Íamos em grupo, caminhando fizesse chuva ou sol. Foi lá que aprendi o ABC.

Com oito anos fui para pequena cidade de Itapetinga com os outros irmãos, pois minha mãe dizia que a única coisa que ela queria dar para os filhos era o estudo. Em três anos, fazendo cinco em três, conclui o primário. O ginásio fiz numa excelente escola estadual. Completando esse ciclo, só restava para os filhos de pais humildes, no caso as mulheres, cursar o pedagógico, onde tornei-me professora.

Mesmo antes de formar eu já dava aulas de “banca”, para alunos que “não gostavam de estudar” e para aqueles, que de tanto gostar queriam aula em tempo integral.

Trabalhei como professora por 2 anos, até surgir o primeiro concurso para o Banco do Brasil, em que admitia a participação de mulheres. Aprovada estive bancária por 25 anos.

Mudei para Salvador, estudei Ciências Econômicas na UFBA, sem, contudo, exercer a profissão. Casei-me, tive uma preciosa filha e ainda jovem aposentei-me.

Foi então que comecei a buscar por uma atividade artística, que pudesse chamar de minha. Passei por várias experiências em áreas de artes sem, contudo, definir-me por alguma. 

Já conhecida de Rafael Moraes fui convidada para fazer um curso de Contação de Histórias. Tal foi o meu envolvimento, que passei a beber na fonte da Cia Teatro Griô sob a coordenação de Rafael Moraes e Tânia Soares. 

São, portanto, 12 anos no Griô em meio a um mundo de magia encantamento, aprendizado, transformação que só as histórias nos possibilitam.

Tenho participado de vários processos criativos, espetáculos, experiências importantes com o público e de uma convivência maravilhosa com os membros da “Família Griô”.

(Vânia Valadares no espetáculo “Histórias de Causar Espanto)

Desde muito jovem sou uma apaixonada pela literatura, vivia no mundo dos meus personagens e imersa nessa atmosfera, estudei engenharia, depois me tornei servidora pública, mas sempre acompanhada da vida dos diversos personagens que os livros me apresentavam. Depois de adulta, as histórias pousaram em meus dias e hoje, como contadora de histórias, empresto minha voz e dou vida às emoções desses seres encantados, que pintam de várias cores a minha trajetória como pessoa e artista, ampliando infinitamente  meu universo.